O grupo de ativistas deixaram inscrições na porta principal onde se podiam ler: “Fim ao fóssil 2030” e “A Estação Nova Fica!”.
Do total, 21 são dirigidas a professores.
“Desde que começámos a partilha das nossas reflexões, o número de pessoas aumentou. Temos estado em contacto com outras mulheres, que viveram histórias parecidas com a nossa. As situações de abuso experienciadas não se limitam a momentos inconvenientes promovidos por um homem incapaz de entender que o mundo mudou”, redigem.
O mesmo acontece aproximadamente 10 dias depois de a instituição ter despedido o diretor do Centro de Estudos Russos da Faculdade de Letras.
Amílcar Falcão também não quis precisar quando teve conhecimento da situação, e disse que não toma decisões “por impulso”.
Ativistas ucranianos e José Milhazes acusam Vladimir Pliasov de promover na universidade autores “que defendem a subjugação da Ucrânia e apoiam a guerra”.
“Costumo dizer que toda académica carrega consigo uma lista de nomes perigosos a se evitar. Eu já fui assediada por professores e boa parte das minhas colegas de profissão poderia dizer o mesmo”, desabafa a investigadora brasileira Gabriela Caruso.
As três autoras do capítulo ‘Má Conduta Sexual na Academia’ estão em silêncio após os nomes de Boaventura Sousa Santos e Bruno Sena Martins – ambos suspensos do CES por solicitação própria – estarem em causa em alegados casos de assédio sexual na academia.
“É um ato miserável de vingança institucional e pessoal”, garantiu o sociólogo.
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra abriu um inquérito sobre as denúncias, de três investigadoras, duas estrangeiras e uma portuguesa.