Exposição das obras que pertenciam a Graça Moura pode ser visitada sábado e domingo na Cabral Moncada Leilões, em Lisboa
Morreu faz quatro anos, e deixou algumas coisas preparadas para edição, entre elas este volume, a que deu o título “A Puxar Ao Sentimento”. Um livro constituído na sua larga maioria por letras de fado inéditas.
O SOL falou com o homem que dirige a editora do Estado, na altura em que se comemora os 250 anos da sua criação. Na Imprensa Nacional desde 2010, Duarte Azinheira tem sido responsável por retomar o papel mais interventivo, à imagem do que fez Vasco Graça Moura, nos anos 1980
De Pomar se pode dizer que qualquer biografia que venha a fazer-lhe justiça deverá quebrar-se em versos, usando essa fractura e a carne exposta dos sentidos de modo a equilibrar a força das imagens e a graça de uma luz que sempre descobriu para o mundo esse ângulo em que se despe de todo o cansaço.
Poeta de várias tonalidades e modos, celebrado tradutor de Dante, Petrarca ou Shakespeare, romancista e dramaturgo, ensaísta de invulgar erudição, cronista, camonista de ousadias, VGM faria hoje 76 anos. Deixou testamento e fama de cerebral
Acompanhando as conquistas das mulheres, a imagem da musa antiga sofreu uma reviravolta, muito além das formas corporais que agradam ao olhar masculino. Por vezes pouco estimulantes, ausentes, indisponíveis, desdenhosas até, as musas do nosso tempo têm querer e vida própria
A “Os Lusíadas Para Gente Nova”, adaptados por Vasco Graça Moura, nada falta. Têm arte, engenho, a técnica, que vem render a musa clássica, e até uma “ilha do amor de cinco estrelas”, cheia de ninfas com “maminhas a saltar duas a duas/ Belos rabinhos, bocas de rubi”.
Poeta, tradutor, ensaísta, cronista, ficcionista, dramaturgo e o mais que o talento versátil e o trabalho disciplinado consentiam: letras para fados, prefácios e textos críticos, antologias, batalhas por ideias.
Autor de uma poesia desenvolta, lúdica, convivial, praticante do livre culto da coloquialidade, do desassombro e mesmo da insolência, e nisto fiel a uma assumida matriz portuense de valores, VGM faria hoje 75 anos. Haveria de querer assinalar a data à mesa, junto da sua família literária.
No ano em que se assinalam os 400 anos da sua morte, a Quetzal lança uma nova edição dos “Sonetos” do bardo inglês. Assina-a Vasco Graça Moura, que virou do avesso a mítica invisibilidade do tradutor.
No ano em que se assinalam os 400 anos da sua morte, a Quetzal lança uma nova edição dos “Sonetos” do bardo inglês. Assina-a Vasco Graça Moura, que virou do avesso a mítica invisibilidade do tradutor
A Feira do Livro do Porto no Palácio de Cristal (até amanhã, dia 21), é este ano organizada pela Câmara Municipal. E o presidente, Rui Moreira, resolveu com ela homenagear um dos maiores escritores e intelectuais da cidade, Vasco Graça Moura, o que me parece muito bem. Sobretudo, depois de a APEL ter abandonado as…