Dei comigo a pensar que, afinal, talvez não goste muito de futebol. Devo ser o único português que não vibrou com a 3ª bola de oiro do jogador madeirense, nem com a sua nomeação como o melhor jogador de sempre na Gala da Federação Portuguesa de Futebol.
Parece que é costume, quando o ambiente dos atentados terroristas arrefece, as pessoas dividirem-se – e, talvez à procura de alguma originalidade, tornarem-se demasiado relativistas.
Portugal está a lucrar com a grande diminuição dos juros internacionais da sua dívida (como outros países europeus, aparentemente devido às posições do BCE). No entanto, nunca pagou tanto de juros da dívida, nem nunca a dívida pública foi tão alta como agora (com um Governo que nos esmagou em sacrifícios, para reduzir essa dívida).…
Afinal, sempre foi necessária a intervenção do Estado na PT, para já, através da CMVM e do Novo Banco. Já o fora, na altura ainda através da ‘golden share’, no tempo do anterior Governo, para tentar impedir a tomada da Vivo pela Telefónica (embora depois, Salgado, que passou mais de 20 anos a fazer negócios…
Nuno Artur Silva parece ser o grande trunfo da nova administração da RTP. Ofusca até o nome social-democrata proposto para presidente, Gonçalo Reis.
É curioso ver como Paulo Portas não deixa de cuidar da etiqueta politica, enquanto Passos cai sempre na falta de chá – e bem sabemos como as formas, incluindo a etiqueta, são importantes em democracia.
O grande problema no confronto de civilizações, como assinalaram os que estudaram mais teoricamente o assunto, é a enorme divergência de conceitos e linguagem que separa as grandes culturas – ou, mesmo dentro de culturas semelhantes, que separa as linguagens.
O Pingo Doce, do grupo Jerónimo Martins, levantou no início do ano a limitação do pagamento das compras com cartões em valores inferiores a 20 euros nos seus supermercados. É a face com mais bonomia do mercado, e aquela que realmente funciona.
Já se viu que a corrupção grassa no mundo. Imagino que sempre grassou. Mas neste momento, tornou-se uma qualidade para as chamadas elites políticas – que já nem sequer querem cultivar uma das bases da democracia politica (a de que os políticos devem ser estimulados, não pelo dinheiro ou o lucro – e daí ganharem…
Cada vez que vejo os políticos, cheios de unção, a garantirem que apoiam a nossa Justiça, sinto um arrepio de indignação.
“…O estalinismo nunca morre nos antigos estalinistas”. Eis uma frase de Paulo Portas, na sua famosa mensagem de Ano Bom, que parece mais dirigida ao PSD (Durão Barroso) e à nova Direita radical (José Manuel Fernandes), com os seus estalinistas conhecidos e declarados, do que à Oposição. Como as suas palavras (extraordinariamente subscritas pelo Presidente…
Dizem-me madeirenses de vários quadrantes que Miguel Albuquerque vai ser uma desilusão, por não se diferenciar praticamente de Alberto João Jardim. Dizem-me que o que ele tem de melhor (para além do currículo de músico e desportista) é o irmão Francisco, várias vezes eleito o melhor enólogo de vinhos fortificados do Mundo – que com…
Os nossos representantes patronais distraíram-se, tão habituados estavam a serem sempre apoiados por este Governo contra os trabalhadores, mesmo nas suas maiores incompetências.
Artur Trindade, secretario de Estado da Energia, deu uma entrevista ao DN/DV, em que defendia a necessidade de o Estado zelar permanentemente, e sem descanso ou interrupções, pelo interesse público. E ele referia-se ao Governo, como Estado, e a si, como supervisor do sistema energético nacional.
Nos tempos de miséria em que mergulhámos, penso serem muito úteis as refeições baratas servidas pelas escolas aos estudantes. Mas não se admite efectivamente que, por serem tão baratas, eles não se importem de comprar senhas, ou marcarem refeições, que não chegam a utilizar, contribuindo para maior desperdício de comida num momento em que a…
Gostei, pela lucidez que revelava, de ler há dias uma crónica no Público, em que se falava no regresso de Dickens e das suas histórias de miséria, por causa de uma posição da OCDE sobre isto: austeridade e empobrecimento iguais a maiores desigualdades.
Matteo Renzi, o primeiro-ministro italiano da esquerda liberal populista e oportunista, declarou há dias que os sindicatos, se querem ter uma voz política, devem fazer-se eleger para o Parlamento.
Não quero aqui dar razão ao CGI na sua luta para apear a administração da RTP, ainda por cima com base em pretensiosismos (acham então que o Plano de Actividades da administração não tem qualidade… acham com certeza que a qualidade é ajuizada por eles…), ou atentados ao serviço público (ousar opinar sobre os direitos…