Quando a Selecção portuguesa abandonou o Mundial, daquela forma murcha e desgarrada, sem um treinador que conseguisse fazer equipa de uns atletas em diáspora e dados à lesão fácil e multiplicada, caímos em terra – e ficámos com o Brasil para ‘torcer’.
Pires de Lima, numa entrevista ao DN de domingo, defende que os 2 candidatos à liderança do PS devem procurar ter um discurso de verdade.
Notícias dos jornais indicam que estatísticas oficiais falam em 17 mil empregos em Portugal sem procura, embora de níveis muito baixos.
Já se viu que a diminuição do desemprego está relacionada com manobras pouco éticas (diminuição do tempo de inscrição nos centros de desemprego, ou retirada de subsídios, ou eliminação de estímulos, ou alterações arbitrárias de estatutos), ou com a saída de gente para o estrangeiro (aquilo que o tão acomodado primeiro-ministro Passos chamou sair da…
Há uns anos o mundo governamental abalou-se, quando o CDS decretou que o aumento das TSU, de forma a transferir dinheiro dos trabalhadores para os empresários (e assim lhes diminuir os ordenados), passava a linha encarnada que o partido não admitia. Houve manifestações contra, artigos críticos, e o Governo recuou.
Afinal, é preciso encostar o Governo á parede, para o ministro Paulo Macedo recuar, e a saúde ganhar.
Talvez seja a carga do nome, Espírito Santo, que torna tudo mais incompreensível e insondável. Pelo menos agora, desde que o Banco de Portugal se intrometeu.
O Público fez esta semana uma citação de Sá Carneiro, totalmente contrária à politica de Passos Portas, que me parece muito oportuna: “Sectores como a Saúde, Educação e outros, fazem parte das atribuições e são responsabilidade do sector público”.
O Governo português proibiu a pesca de arrasto, que destrói dramaticamente os fundos marinhos – entusiasmando os ambientalistas.
Os jornais informaram que Alberto João Jardim bateu há dias o recorde nacional de permanência no Poder, ultrapassando o anterior detentor do recorde, Oliveira Salazar.
‘La Dona é mobile’. E não apenas ‘la dona’ (a mulher) é ‘mobile’ (volúvel), mas os eleitorados inteiros.
Com este Governo, o Estado esbanjador não se limita a ter Gabinetes governamentais de 3º Mundo, que nenhum outro pais europeu pagaria (enquanto quer cortar Função Pública e Pensões), ou a bater todos os recordes da dívida pública (que já ultrapassou largamente os 130% do PIB, quando herdou de Sócrates cerca de 107%), como ainda…
Apesar de me considerar progressista nas politicas sociais (e recusar esconder isso com questões fracturantes), ou talvez por isso mesmo, sempre tendi a simpatizar mais com as genuínas posições democrata-cristãs de Jean-Claude Juncker (cada vez mais uma excepção no Grupo Conservador Europeu, incluindo no seu próprio Pais), do que com a onda liberal que assaltou…
Devo confessar a minha simpatia pessoal por António Costa, e a ideia que sempre tive de que o Pais e o PS beneficiariam se ele ou Seguro tivessem sucedido na liderança do PS a Ferro Rodrigues, em vez de Sócrates (o que se reflectiria também positivamente na chefia anterior do Governo).
Os responsáveis do BCE disseram recentemente na sua reunião de Sintra (e as decisões por eles tomadas 5ª-feira passada mostram que vão a sério) defender a titularização dos créditos da Banca às empresas e particulares. E o que é isto em linguagem chã?
Quando vi que Durão Barroso tirara como conclusão essencial das mudanças claramente pedidas nas últimas eleições europeias a necessidade de ‘manter o rumo’, achei melhor não lhe dar atenção. Das duas uma: ou ele não sabe o que é rumo; ou apesar de falta de formação académica mais sofisticada (por exemplo, um doutoramento), sabe muito…
Tornou-se moda dizer que o Tribunal Constitucional não vive neste mundo, e não percebe as medidas que é necessário tomar em épocas excepcionais de crise. Alguns, mais ousados na ignorância, apesar da evidência de que as posições dos juízes não são tomadas em função das suas posições ideológicas, pois cruzam-se estas com as apreciações da…
Já estava há muito prevista, mas a verdade é que apanhou agora toda a gente de surpresa. A ideia do próprio foi deixar explícito que nada foi repentino, e sem ser pensado. Teria sido decidido a 5 de Janeiro passado, dia dos anos (fez 76) de D. Juan Carlos.