Uma das imagens mais chocantes que chegam ao mundo ocidental, além das de violência física, é a de mulheres vestidas com burca.
Em dois anos, desde a minha primeira visita, muita coisa mudou por estas bandas. As alterações notam-se em todos os campos, mas na que diz respeito à noite, é evidente que os costumes deram uma grande volta.
Nos últimos dois anos temos assistido a uma cumplicidade vergonhosa entre os dirigentes europeus que chefiam os diferentes governos, parecendo até que estão irmanados por um dever superior e que sem eles será o descalabro.
Nos últimos tempos algumas das principais discotecas de Lisboa e Porto têm mudado, com alguma frequência, de nome.
Mesmo para os espectadores mais desatentos, como é o meu caso, percebe-se que há um antes e um depois de uma novela chamada Morangos com Açúcar.
Alguns hotéis estão a seguir a política do ‘tudo incluído’, levando ao desespero os restaurantes das redondezas.
Portugal não pode apertar mais o cinto da austeridade, mas precisa de baixar em 20 a 30 por cento os ordenados dos funcionários.
Sempre achei uma parvoíce completa discussões sobre regionalismos. portugal, além de ser um país pequeno, vive dos cruzamentos ocorridos ao longo de séculos de migrações de Norte para Sul e vice-versa.
Sou um apaixonado por histórias de serviços secretos e gosto particularmente de ler matérias sobre políticos que fizeram correr rios de tinta na imprensa e que abriram telejornais.
Penso que faço parte de uma imensa minoria que não acha piada alguma ao Carnaval. Teria de recuar muitos anos até me ocorrer alguma saída nocturna nessa quadra festiva.
O mundo do futebol é, seguramente, uma das maiores indústrias de entretenimento. Seguido por milhões, gera ídolos que a ‘máquina’ trata de potenciar ao máximo.
No regresso a Portugal, foi tempo de reencontrar alguns amigos. mas quando se está fora frequentemente não é fácil pôr a escrita em dia.
Tenho para mim que muitos estudos comportamentais, alegadamente científicos, se aproveitam das conjecturas políticas e económicas para ditarem verdades absolutas.
Quando entrámos pensei que estava noutra latitude. A música que passava transportava-me para uma qualquer cidade ocidental em que o bom house dita leis.
Enquanto aguardava o avião que me traria a Luanda, dei uma vista de olhos pela imprensa brasileira. Apesar de ser fã de jornais e revistas do maior país de língua portuguesa, fiquei surpreendido com as manchetes do Folha de S. Paulo e do Globo: «Remessas recordes» e «Brasileiros gastam US 21 bi no exterior».
Luanda é uma cidade que ferve intensamente ao fim-de-semana e as filas à porta das principais discotecas são gigantescas. Aí são os seguranças que ditam leis, já que por estas bandas não há porteiras que intimidem os clientes pela sua beleza.
Cavaco Silva sempre foi uma personagem muito pouco querida nos dois lados da barricada política: o eleitorado tradicional de direita nunca lhe perdoou as suas origens rurais, achando que não tinha nem tem pedigree.
Falar de cabo verde e omitir a música é o mesmo que falar de roma e ignorar o Papa. Em qualquer uma das ilhas do país encostado a África a música é quase tão importante como o ar que se respira.