Quando na terça-feira à tarde foi anunciada a demissão de Paulo Portas, ouviu-se um bruá de contentamento em vários locais. Na rua e no trabalho foram muitos os que deram vivas.
Com a instabilidade do tempo, torna-se difícil prever como serão as noites de Verão. Mas certo é que nas últimas duas semanas viveram-se noites como há muito tempo não se viviam.
Nos tempos que correm há assuntos que se tornaram familiares, mas que ainda assim são cada vez mais incompreensíveis para o comum dos mortais.
O mundo do futebol não é deste planeta, pois goza de um estado de graça que mais nenhuma área pode sequer sonhar. Seja em Portugal, na Grécia ou num outro país que se encontre em dificuldades.
Há quem vá a Roma e não veja o Papa. Mas como o representante máximo da Igreja também se desloca a outros países, às vezes, é mais fácil vê-lo nessas ocasiões.
A memória de quem gosta debitar sentenças é, normalmente, muito curta. Mubarak é deposto, logo cantam vitória. Kadhafi é corrido e morto na fuga, os mesmos congratulam-se com tal sentença.
O sobe e desce dos fenómenos da moda é igual em todo o lado. A primeira vez que fui a Moçambique, o CFMera um bar onde se encontravam os portugueses, misturados com alguns locais e outros clientes de proveniências várias.
Para se fazer passar uma mensagem, por vezes gastam-se milhões de euros em campanhas publicitárias. Os mais atentos lembrar-se-ão da famosa Allgarve, onde alguns dos supostos melhores fotógrafos do mundo foram contratados para retratar o lado mais cativante do Sul português.
Em Moçambique, onde estive esta semana, encontram-se diariamente milhares de crianças a caminho das escolas. Segundo alguns estudos, perto de 45 por cento da população tem menos de 15 anos.
Divirto-me sempre imenso quando prego uma partida a algum amigo. A última foi na semana passada e teve como vítima o meu amigo e colega de página que está sempre na Linha da Frente.
Fez esta semana 15 anos que abriram as portas de um dos acontecimentos mais bem sucedidos da história recente de Portugal.
A diversidade sempre foi um trunfo na noite. Poucas são as casas de sucesso que hoje jogam só para um único tipo de fauna. Antigamente nada disso se passava.
O país pode estar virado de pernas para o ar. Quase um milhão de desempregados; as pensões e ordenados reduzidos; a natalidade moribunda; leis de costumes cada vez mais apertadas; televisões que mostram uma nação deprimida.
Durante muitos anos os hotéis eram lugares destinados aos seus hóspedes e a alguns empresários que gostavam de ali marcar reuniões. Tirando isso, havia uma pequena trupe que gostava de frequentar os seus bares, dando aos espaços alguma animação.
Portugal, bem ou mal, quer sair da crise e ficar bem no retrato perante os credores. As dívidas devem ser pagas e de uma forma ou de outra teremos de as pagar. Com que custos, é outra história, que a própria História se encarregará de avaliar. Independentemente desta tristeza geral – os emigrantes nacionais, agora…
Já entrou em vigor a lei mais absurda de que há memória no que diz respeito ao álcool e à animação nocturna. No fim-de-semana passado tive oportunidade de assistir a números verdadeiramente insólitos. Numa discoteca cheia, um rapaz aproximou-se, depois de conseguir alcançar o bar, e pediu um vodka.
Quando acontece uma tragédia como a de Boston há necessidade de investigar as razões que estiveram na origem de tais barbaridades. No caso em apreço, faz-se uma viagem rápida até à Chechénia e tenta-se perceber o ódio em que vivem as comunidades que foram subjugadas pela tirania russa.
Muito se tem escrito sobre o casamento do futebol com a moda, dando-se os exemplos de Luís Figo e David Beckham, amigos de alguns estilistas famosos, e presença assídua de festas exclusivas, onde sobressaem nomes como George Clooney ou Brad Pitt.