após uma reunião esta quinta-feira em lisboa entre as estruturas directivas das duas centrais sindicais, a ugt, afecta ao partido socialista de josé sócrates, declarou o seu apoio à greve geral decretada pela cgtp.
«esta é uma luta de todos os trabalhadores portugueses», considerou joão proença, referindo-se ao combate às medidas de austeridade decretadas pelo governo.
«temos a convicção de que o país vive uma situação difícil mas não podemos aceitar que sejam sempre os mesmos a suportar todos os custos e a aguentar os lucros das grandes empresas», declarou o secretário-geral da ugt em conferência de imprensa.
«estão em causa direitos dos trabalhadores, no activo e reformados, e está em causa o interesse dos portugueses», reforçou por sua vez carvalho da silva, secretário-geral da cgtp, congratulando-se pela adesão da ugt ao protesto.
a decisão tomada no seio da ugt terá sido consensual e surge após declarações públicas de apoio à greve por parte de dirigentes de sindicatos afectos à central, como a fne (professores) e o sindicato dos quadros técnicos do estado.
será a primeira greve geral com a participação das duas centrais a realizar-se desde 1988. nesse ano, ugt e cgtp estiveram unidas contra o governo de cavaco silva, actual presidente da república, em resposta ao pacote laboral então proposto pelo psd.
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