o economista admitiu não ter ficado surpreendido com algumas das medidas noticiadas hoje que fazem parte da versão preliminar do oe, mas considera existir «intransigência» por parte do governo.
«acho absolutamente lamentável que, tendo o engenheiro sócrates trazido portugal ao ponto que chegou e mostrando a intransigência que mostra, não se exija a ele aquilo que se tem vindo a exigir ao doutor. passos coelho», afirmou hoje nogueira leite à agência lusa, à margem de uma apresentação em londres da associação portugal outsourcing.
o economista defende que «o oe de um governo minoritário não pode ser imposto por arrogância e turbilhão mediático».
nogueira leite argumentou ainda que «um orçamento, em qualquer democracia civilizada com gente de bem e quando o governo é minoritário, quando o quer aprovar, não o pode impor».
nogueira leite pediu ao primeiro-ministro «que se lembre que está numa democracia representativa, que tem um governo minoritário e que, por muito que queira dar a ideia de que um dia será vítima, todos nós em portugal sabemos que ele é culpado da situação em que estamos».
nogueira leite reiterou o desejo de manter sob reserva o que pensa que deve ser a posição do psd sobre o oe até à próxima terça feira, apesar de continuar a discutir a questão com o presidente do partido, pedro passos coelho.
«vou torná-la pública no próximo conselho nacional» do partido, marcado para 19 de outubro, vincou o ex-secretário de estado do tesouro e finanças.
lusa / sol