sol
paulo bento
missão cumprida – parte i. na estreia como seleccionador nacional, em situação de emergência, obteve duas vitórias claras e os 6 pontos que se pediam a portugal. recuperou, assim, as hipóteses de apuramento para o euro-2012. e recuperou, também, a capacidade competitiva e a alegria de jogar de uma selecção em crise e irreconhecível nos desastrosos jogos frente a chipre e à noruega. simplificando o que carlos queiroz complicara, tanto na estrutura e na mentalidade da equipa (contaminada pelo receio de assumir riscos e pela obsessão da contenção) como nas relações degradadas com os jogadores. e recompondo um ambiente à volta da selecção que gilberto madaíl deixara deteriorar. não se lhe podia pedir mais.
luís amado
a eleição de portugal para o conselho de segurança da onu, onde volta doze anos depois, foi uma batalha difícil ganha pela diplomacia portuguesa. em concurso directo com dois gigantes, a alemanha e o canadá, que acabou por se retirar da corrida face ao apoio conseguido por portugal. é uma eleição que reforça o prestígio e as responsabilidade do país na cena mundial. e uma boa notícia, particularmente bem vinda num momento em que o nome e a credibilidade de portugal têm andando, a nível internacional, pelas ruas de amargura.
sombra
teixeira dos santos
já reconheceu que a receita extraordinária dos 2.600 milhões de fundos da pt, mais do que para fazer face ao encargo dos submarinos, vem disfarçar um défice real em 2010 que ficaria muito perto dos 9% (e muito longe dos 7,3% estipulados…) devido à incapacidade de controlar a despesa. e só ele e sócrates ainda não assumem o inevitável cenário de recessão interna em 2011, que todos os estudos já apontam. é certo que, daqui a um ano, provavelmente, nem ele nem este governo cá estarão para arcar com as consequências. mas vai sair pela porta pequena, sob um coro de críticas e uma péssima folha de resultados.
jerónimo de sousa
o pcp não tem emenda, nos seus tiques ortodoxos em defesa de ditaduras pseudo-socialistas. a crítica que fez à atribuição do nobel da paz ao dissidente chinês liu xiaobo envergonha todos aqueles que lutam e lutaram pela liberdade de expressão e pela democracia. faz recuar o pcp aos anos de brejnev. e mostra que o partido é incapaz de se libertar da sua natureza totalitária.