SOL&SOMBRA

O mais e o menos da semana visto por José António Lima.

sol

francisco assis

num congresso do ps sem expectativas nem surpresas foi uma das poucas figuras em destaque. ao apoiar claramente seguro e entrar na sua direcção depois de ter perdido a luta pela liderança em 2011. ao apresentar uma intervenção politicamente bem estruturada e sem as promessas fáceis de quem está na oposição. e ainda foi ele, logo no início do congresso, a fazer um ponto de ordem ao bom senso partidário, sublinhando que ‘o presidente da república não é um adversário do ps’ (no momento em que a generalidade dos socialistas andava de cabeça perdida com o discurso de cavaco silva no 25 de abril). saiu com o seu peso político reforçado e como símbolo da unidade interna do ps.

sombra

josé mourinho

está de saída do real madrid ao fim de três anos sem conseguir o principal objectivo: a 10.ª taça dos campeões dos madrilenos. é certo que levou o clube a três meias-finais consecutivas da liga dos campeões (onde há muito não chegava) e que ele próprio tem o impressionante palmarés de marcar presença em sete meias-finais da champions nos últimos dez anos. e se é verdade que conseguiu vencer um campeonato a um superbarcelona de messi e guardiola e uma taça do rei (pode conquistar outra no próximo dia 17), o facto é que sai de madrid sem o êxito que alcançou no fc porto, no chelsea ou no inter. regressa, ao que parece, a inglaterra. para tentar chegar, finalmente, ao seu 3.º troféu da champions?

vítor gaspar

está, provavelmente, no momento mais difícil à frente da pasta das finanças. a troika não transige no fecho da 7.ª avaliação, a maior parte dos ministros não lhe poupa críticas nem cala discordâncias e até a sua secretária de estado foi apanhada na linha de fogo das swaps. no parlamento, deixou transparecer as dificuldades que atravessa: tenso, irritadiço e politicamente incauto. e ainda lhe falta sofrer o embate da impopularidade destes novos cortes na despesa.

alberto joão jardim

está na mira do tribunal de contas para ser criminalmente responsabilizado pela dívida oculta de mais de mil milhões nas contas da região. e em risco de ser impedido, finalmente, de usar o jornal da madeira como órgão de propaganda subsidiado por milhões a fundo perdido do governo regional.

josé antónio lima