Gama quer clarificar oferta de prendas aos políticos

O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, pediu um parecer ao Conselho de Prevenção de Corrupção, no sentido de clarificar que tipo de ofertas pode ser aceite pelos titulares de cargos políticos.

de acordo com a lei são apenas admissíveis prendas «socialmente adequadas e conformes aos usos e costumes». ofertas que saiam fora desta definição são agora criminalizadas – uma situação que abrange todos os funcionários públicos e também os titulares de cargos políticos. o actual quadro legal resultou do ‘pacote’ de leis anti-corrupção que foi aprovado na assembleia da república no final da última sessão legislativa.

face à expressão introduzida na lei, jaime gama quer ver clarificado em termos mais precisos o que são «prendas socialmente adequadas», pedindo o esclarecimento do cpc, organismo liderado pelo presidente do tribunal de contas, guilherme d’oliveira martins. a iniciativa do presidente da assembleia da república foi comunicada na última quarta-feira à conferência de líderes parlamentares.

a questão das prendas oferecidas a titulares de cargos públicos causou polémica no início deste ano, quando o sol revelou a dispendiosa lista de ofertas de manuel godinho, empresário de sucata envolvido no processo face oculta, a vários políticos e gestores públicos, desde 2002.

susete.francisco@sol.pt