o ex-presidente do conselho de administração (ca) do taguspark, matos ferreira, foi levado a prestar informações falsas à comissão parlamentar de inquérito (cpi) ao caso tvi, por duas vezes, em abril e maio, quando expressou o seu desconhecimento sobre o facto de o escritório de josé miguel júdice ter sido contratado para estudar a compra daquela estação de televisão.
em causa, estão as perguntas da cpi sobre os contactos entre rui pedro soares e américo thomati com josé miguel júdice e outros advogados da plmj, além da solicitação para o envio de toda a documentação emitida por este escritório de advogados. neste caso, destaca-se um parecer para o taguspark elaborado por josé miguel júdice a 10 de outubro de 2008, que foi apenas entregue a rui pedro soares, não constando dos arquivos da empresa.
deputado do be quer queixa-crime
a auditoria da bdo – que foi incumbida pela actual administração de analisar os últimos três anos da gestão do taguspark – diz que essa omissão assume «particular gravidade»: é que as respostas da empresa não traduziram «o conhecimento de que pelo menos um dos seus membros não executivos (rui pedro soares), em funções à data da prestação dos serviços pela plmj, teria sobre este processo».
assim como também não correspondem ao conhecimento que américo thomati, presidente da comissão executiva, tinha sobre o mesmo assunto, «segundo indiciam as referências da plmj aos contactos com ele mantidos em setembro e outubro de 2008».
rui pedro soares, dizem os auditores, foi o principal interlocutor de júdice e do seu escritório no estudo da compra da tvi entre agosto de 2008 e junho de 2009.