presente pela terceira vez no périplo presidencial de manuel alegre, assis foi a angeiras, em matosinhos, acusar a direita de pretender «aproveitar a crise económica mundial, europeia, para destruir o estado social».
um combate que a esquerda vai travar, por agora na assembleia da república, onde está em curso um processo de revisão constitucional. mas não só. «vamos travá-lo um dia destes nas ruas e nas praças do nosso país, quando tivermos eleições», acrescentou o dirigente socialista.
também o ministro da justiça, alberto martins, esteve hoje no almoço –comício do candidato apoiado pelo ps e pelo be, para afirmar que a «direita aspira ao fmi, à crise, a uma solução neo-liberal» e que tem «um projecto oculto de subversão da constituição e do estado social». é contra isto que se candidata manuel alegre, defendeu: «esta candidatura é contra os profetas da desgraça, as muletas do fmi, os visionários da crise».
antes, a deputada do bloco de esquerda catarina martins tinha acusado cavaco silva de ter sido «conivente com o crime do bpn, que já custou aos portugueses cinco mil milhões de euros».
já o candidato manuel alegre disse ter o apoio «cada vez mais empenhado do ps e dos dirigentes do ps». «tenho esses apoios e tenho muito orgulho em tê-los, mas não sou refém de ninguém», referiu o histórico socialista, acusando cavaco silva de não ser neutro: «falou na eventualidade de uma crise política, ao fazer isso está a deixar uma ameaça. ele não é neutro, ele tomou partido».
na manhã de hoje, manuel alegre passou pelo mercado municipal de angeiras, na que foi a mais animada acção de rua da campanha do candidato presidencial.