o melhor obama – loquaz, comovente e conciliador – foi a tucson presidir a uma cerimónia de homenagem às vítimas do ataque à congressista gabrielle giffords, que matou seis pessoas e feriu 14.
por contraste ao tom belicoso de boa parte dos republicanos, sarah palin à cabeça, a oratória do presidente dos estados unidos deu a resposta mais incisiva, ao apelar para um «discurso público mais cívico e honesto». pouco após o ataque do desarranjado mental a giffords, as atenções viraram-se para a ex-governadora do alasca e não faltou quem, como o ex-candidato presidencial gary hart, tenha afirmado que «o ocorrido é resultado directo de uma retórica agressiva e irresponsável».
a líder não assumida dos republicanos e do tea party, autora de um mapa dos eua com uma lista de democratas ‘a abater’ (com alvos desenhados), demorou dias a responder. e tendo obviamente repudiado o massacre, não resistiu a culpar os jornalistas e comentadores por criarem um «libelo de sangue que serve apenas para incitar o ódio e a violência que dizem condenar». de facto não foi palin a autora do acto bárbaro. mas, inane, é incapaz de recuar e reconhecer os excessos do seu movimento extremista.