indignado com os números da previsão da marktest, o histórico socialista até evocou as presidenciais de 1958: «hoje, ao ler uma certa sondagem, senti o mesmo que senti quando anunciaram a pseudo-derrota do general humberto delgado». «não façam batota, nada vencerá a nossa determinação», reiterou o candidato.
acusações feitas num jantar-comício sobrelotado (com mil lugares sentados, mas muitas pessoas em pé) na terra natal de alegre, em águeda, e na presença do secretário-geral do ps, josé sócrates. a quem alegre deixou um «abraço especial pela forma como tem defendido o interesse nacional» face à pressão dos mercados sobre os juros da dívida portuguesa.
alegre comentou também as declarações de cavaco silva, que disse hoje ter «pouco apetite» para utilizar a bomba atómica da dissolução do parlamento: «a única promessa concreta de cavaco silva na campanha foi a ameaça de precipitar uma crise política. essa promessa foi feita de uma forma muito clara. essa promessa permanece».
manuel alegre terminou o discurso com um apelo ao voto de «todo o povo de esquerda» e de todos «os democratas», manifestando-se confiante nos resultados das eleições de domingo: «nós estamos muito perto da segunda volta, estamos perto, podemos lá chegar, vamos lá chegar».