«se a candidatura de manuel alegre tivesse tido um maior distanciamento, uma maior independência, teria ganho com isso», afirmou à entrada do hotel altis, onde se deslocou para expressar «solidariedade» ao candidato presidencial.
garcia pereira, que expressou o apoio do mrpp a manuel alegre há cerca de uma semana, acrescentou que o candidato presidencial foi «apoiado por um partido completamente dividido, que titubeou nesse apoio». «foi nítido o que aconteceu ao longo da campanha», referiu o líder do mrpp, reiterando que o ps deu um «apoio pífio, titubeante» a alegre. que teria sido diferente, invocou o dirigente, se o mrpp tivesse podido apoiar mais cedo o candidato e se «tivesse dirigido esta candidatura».
para garcia pereira, o histórico socialista «fez uma campanha em condições muito difíceis», nomeadamente face a uma comunicação social que «fez uma descarada propaganda do presidente da república ainda em funções». agora, acrescentou, é tempo «para uma nova etapa em defesa dos interesses» dos trabalhadores, dado que «cavaco silva é o candidato que tem por trás a direita mais reaccionária, fascista mesmo, que se prepara para aprovar medidas para atacar os trabalhadores».
as previsões anunciadas às oito da noite deixam manuel alegre em risco de obter uma votação inferior à de 2006, quando obteve 20,7% dos votos. por agora, a noite eleitoral no hotel altis, continua marcada pela ausência de dirigentes socialistas.
