Sendo um local onde apesar de tudo se mantém alguma discrição, os comensais divertiam-se com as suas histórias até que uma das presentes recebeu um sms de alguém que também se encontrava no local, mas com quem nunca tinha tido qualquer contacto. O mais divertido da mensagem é que, supostamente, tinha sido enviada por engano, já que fazia referência a um canalizador ou coisa parecida. Entrando no jogo, a receptora do sms explicou que havia um engano e que era melhor o mensageiro corrigir o erro. Foi então que este se aproveitou para se apresentar, acrescentando que gostaria muito de a conhecer. Achando que o mesmo merecia ser bem tratado, a rapariga cuidou de o informar que findo o repasto se deslocaria até uma discoteca próxima onde iria estar com os amigos a beber um copo e a dançar.
O rapaz, logo tratado como pintor de rodapés, procurou antecipar-se e deslocou-se para o espaço combinado. Passado pouco tempo enviou outro sms a perguntar onde se encontrava a ‘nova’ amiga. Esta respondeu-lhe que estava no bar do primeiro piso. Pouco tempo depois outro sms dava conta de que o D. Juan já se encontrava a postos no referido bar e que não a via. Ela foi dizendo que tinham ido para o piso térreo e que também não o tinha visto. A brincadeira demorou uma boa hora, até que o ansioso conquistador recebeu um sms a comunicar-lhe para ter juízo e para se dedicar à família. Já em casa, o grupo de amigos divertiu-se com a história, enquanto lembrava episódios semelhantes. E chegou-se à conclusão de que não faltam argumentos para tentar a sorte. Há quem tente saber a morada da pessoa pretendida e se plante à porta, dando a entender que foi uma grande coincidência encontrá-la; há quem vá sempre à mesma discoteca nos mesmos dias; há quem frequente o ginásio da pessoa pretendida; há quem ‘roube’ a agenda dos amigos para conseguir o número em questão e há quem se faça amigo de amigos. Uns com bons resultados, outros nem tanto. Afinal, o não está sempre garantido.