em poucos dias, o tema transformou-se num autêntico fenómeno para as gerações mais novas, que partilham insistentemente os registos do espectáculo que estão no youtube em redes sociais como o facebook e o twitter e em blogues na internet.
abordando assuntos sociais como «a geração sem remuneração», que já tem «sorte em poder estagiar», a aceitação de ‘parva que sou’ apanhou a banda de surpresa. «quando ensaiámos e a tocámos pela primeira vez a amigos, as reacções eram boas, mas nada faria adivinhar a recepção do público dos coliseus [primeiro do porto, depois de lisboa]», contou ao sol ana bacalhau.
a vocalista dos deolinda acrescenta que a banda ficou «arrepiada» no final do primeiro concerto com os aplausos efusivos e saudações a cada frase da canção e só pensava: «o que foi isto que se passou aqui?».
a canção foi catalogada como música de intervenção por todos aqueles que discutiram a letra durante a última semana, e ana bacalhau diz que os deolinda «sempre estiveram familiarizados» com este conceito e este tipo de música. «nascemos e crescemos a ouvi-la. se intervir através da música é tocar em assuntos ou peculiaridades sociais, sempre o fizemos», considera.
sobre a composição da canção – cuja letra tem a assinatura de pedro da silva martins –, a vocalista da banda lisboeta explica que «o tema surgiu porque é um assunto recorrente de conversa junto de família e amigos».
apesar de ter sido imediatamente adoptada pela geração que nasceu na década de 1970, ana bacalhau diz que «há muitas outras gerações a reverem-se neste tema e, infelizmente, muita gente a enfrentar estes problemas». por ser um tema «próximo» de todos nós e que «não nos deixa indiferentes» os deolinda acharam «por bem abordá-lo».
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