Enquanto os nórdicos só se libertam, regra geral, quando estão quentes do álcool, já os naturais dos países tropicais entram logo no jogo a todo o gás e o álcool apenas pode fazer entornar o copo. Tudo é bem diferente nos climas solarengos. As danças nada têm a ver com o frio, as pessoas sorriem muito mais e gostam de sons mais harmoniosos. Por isso batidas como o tecno ou o transe fazem muito mais sucesso em latitudes friorentas.
Mas há países, como Portugal, onde o comportamento das pessoas muda radicalmente com a mudança de estações. No Inverno, quando chove intensamente, não são muitos os que se aventuram em pistas de dança. Tirando os mais novos, a maioria prefere resguardar-se no aconchego do lar. Só que quando aparece a Primavera e as noites estreladas iluminam os caminhos da rua, os amantes dos prazeres nocturnos começam a sair da toca. Finalmente, quando surge o Verão, tudo muda. Novos e menos novos gostam pouco de fritar em casa e rumam ao alcance de uma bebida gelada num ambiente quente.
Aqueles que são indiferentes às questões climatéricas acabam por beber a mesma coisa nas diferentes estações. Numas para aquecer, noutras para se refrescar.
Vem esta conversa a propósito do que tenho visto nos últimos tempos. Os juniores, que ainda não estão no ano de subirem a séniores, já quase se comportam em férias como no período de aulas. Para eles já é indiferente se estão perto de casa ou se estão numa zona balnear longe dos pais. Bebem como se se encontrassem num deserto e tivessem visto um oásis. As vestimentas também são parecidas nas duas estações. Quanto menos roupa melhor. Nos tempos que correm, também são fiéis a poucas coisas. Mudam várias vezes de parceiro e só vão às discotecas que estão a dar. Numa semana são capazes de ir todos à mesma casa, para na seguinte assentarem arraiais noutras paragens. Digamos que são mais livres e desapegados. O Facebook diz como.