SOL&SOMBRA

Quem está ao SOL e quem ficou à SOMBRA. A semana vista por José António Lima.

sol…

paulo portas

o líder do cds foi certeiro ao criticar ps e psd por terem chumbado na ar todas as propostas que visaram limitar e impor maior rigor aos vencimentos dos gestores públicos. e ao apontar o dedo ao ‘boyismo’ e à dependência, tanto do psd como do ps, relativamente às suas clientelas que há décadas vêm colocando em empresas públicas, municipais e afins. os ordenados e os prémios de gestão indecorosos em muitas empresas cronicamente deficitárias e muito acima do vencimento do presidente da república são, politicamente, um dos calcanhares de aquiles de ps e psd. e um abuso a roçar o insulto num país deficitário e em crise.

silva pereira

será sempre apontado como um dos principais responsáveis políticos pela estratégia socrática de esconder a crise e tentar iludir a situação dramática, financeira e de endividamento, a que este governo conduziu o país. mas, enquanto coordenador do plano tecnológico e do simplex, está de parabéns pelo primeiro lugar que portugal atingiu agora, em toda a união europeia, pela disponibilização dos serviços públicos online aos seus cidadãos e às suas empresas. uma das raras reformas que ficarão como herança positiva desta governação em fim de ciclo.

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jorge lacão

o ministro dos assuntos parlamentares persiste em ser uma das faces mais ortodoxas e seguidistas dos piores vícios deste governo. leva a bancada do ps a chumbar propostas de moralização dos desmandos nos vencimentos dos gestores públicos, aparece na primeira fila a verberar as realistas afirmações do governador do banco de portugal sobre a recessão no país. uma actividade vã e inglória para defender o que é já indefensável.

pinto monteiro

a cada declaração que faz ou entrevista que dá consegue aumentar a perplexidade em relação à forma como desempenha o seu cargo. diz não saber, nem querer saber, se há mais cópias das escutas vara/sócrates mandadas efectuar pelo seu mp. acha–se no centro do mundo e alvo de campanhas de tudo e de todos – bancos, comunicação social e por aí fora. é um caso típico de quem deixou ultrapassar o seu prazo de validade.

josé antónio lima