segundo soube o sol, a direcção-geral do tesouro e finanças (dgtf) quer alienar a sede da concertação social à estamo, uma sociedade imobiliária detida integralmente pela parpública (holding das participações sociais do estado), por 1,1 milhões de euros. e quer que o ces fique a pagar uma renda de quase sete mil euros por mês – algo que silva peneda recusa.
o edifício em causa fica na rua joão bastos, em lisboa, na zona de belém, e até ao momento era ocupado sem custos. em janeiro, a dgtf comunicou ao presidente do ces a intenção de venda do imóvel à estamo, por ajuste directo, até 30 de junho deste ano. e propôs que, a partir dessa data, o ces passe a pagar uma compensação mensal de 6.956 euros, ao abrigo de um contrato de arrendamento de dez anos.
silva peneda contestou a decisão, em cartas enviadas ao director-geral do tesouro. o documento seguiu também para as lideranças dos grupos parlamentares, pois o presidente do ces é designado pela assembleia da república.
na documentação, a que o sol teve acesso, silva peneda não esconde a «surpresa» e as «várias perplexidade» que a intenção do governo suscita: «o ces foi colocado, sem qualquer explicação prévia, perante o facto consumado, o que, no mínimo, evidencia deselegância».
joao.madeira@sol.pt