o banqueiro salienta que a decisão de privatizar o banco do estado, defendida pelo psd, é «uma decisão política», mas «perante as realidades financeiras actuais, pode ser necessário privatizar completamente a caixa».
ricardo salgado explica que está contra a entrega da caixa aos privados, porque «a cgd é um instrumento importante de política financeira do estado e, sendo privatizada no âmbito global da banca europeia, iria continuar a ter uma dimensão pequena e facilmente poderá ser adquirida por bancos estrangeiros».
o problema, segundo o presidente do bes, é que «hoje a caixa serve para apoiar a economia, nomeadamente, no crédito à habitação e às pme, e a financiar projectos de infra-estruturas e se for comprada por um grupo estrangeiro perderá essas qualificações».
«os bancos portugueses estarão fora desta corrida. já têm uma quota elevada no mercado nacional e, se tivessem meios para o fazer (investir na compra da caixa), o que neste momento é discutível, teriam de enfrentar o regulador da concorrência», afirmou o banqueiro num encontro com jornalistas, em londres, para assinalar a integração do execution noble no besi.
já o presidente do besi mostra-se mais reservado quanto a privatização da caixa. «o problema é quem pode estar interessado em comprar neste momento. não acho que seja uma prioridade, esta não é a melhor altura para vender activos financeiros».
no entanto, jose maria ricciardi admite que caso a privatização da caixa avance deverá ser em termos formais.
* a convite do grupo bes