merkel que, curiosamente, acabou de sofrer uma derrota esmagadora no seu país, sem que nenhum político externo tenha metido o bedelho.
quando os americanos e aliados decidiram invadir o iraque, meio mundo, e bem, manifestou-se contra a decisão de se atacar um estado soberano. como é sabido, nos últimos tempos, mesmo aqueles que eram contra as invasões tornaram-se adeptos de tais práticas. veja-se o caso da líbia e restantes países do médio oriente que estão na mira dos justiceiros implacáveis. obama disse esta semana que o mundo ficará melhor sem kadhaffi no poder. será? tem tantas certezas assim? e se os fundamentalistas aliados de bin laden tomarem as rédeas da situação? o que dirá a seguir?
merkel é capaz de ter sido contaminada por esses instintos e decidiu que o povo português ou vota como sua eminência pretende ou manda as tropas avançar sobre a economia portuguesa. lamentável a todos os níveis. há três anos, quando algumas vozes da política e da economia nacional alertaram os portugueses que seria necessário fazer grandes sacrifícios para salvar o país, onde estava merkel? estaria a pensar na subida dos juros?
vitor.rainho@sol.pt