as eleições para o departamento nacional das mulheres socialistas ficaram marcadas pela polémica, depois de catarina marcelino ter anunciado a sua eleição para a liderança, ao vencer em 17 das 22 federações distritais socialistas.
«é o início de um novo ciclo que queremos mais interventivo e mais combativo, do ponto de vista político», afirmou a parlamentar socialista à agência lusa, no rescaldo das eleições, realizadas a 25 e 26 de março. uma vitória contestada por manuela augusto, também deputada, numa altura em que faltava ainda realizar eleições na secção socialista da trofa.
este escrutínio acabou por ser tudo menos pacífico, dado que cerca de três centenas de militantes terão sido impedidos de votar, por não terem as quotas pagas até 26 de março, uma semana antes da eleição naquela freguesia. uma situação que foi contestada pela presidente socialista da trofa, joana lima, argumentando que «o regulamento diz que as pessoas podem exercer o direito de voto, tendo as quotas pagas até ao momento do acto eleitoral que é hoje [3 de abril]».
o processo de eleição para as mulheres socialistas acabou por ser avocado pelo secretariado nacional do partido, que hoje confirmou a vitória de catarina marcelino. acontece que aquele órgão nem sequer reuniu, o que está a provocar críticas de apoiantes da candidatura de manuela augusto. ao que o sol apurou o pedido de impugnação estará, no entanto, fundamentado no argumento de que o secretariado não tem competência para deliberar sobre o processo de eleição.
contactada pelo sol, manuela augusto, que nestas eleições se recandidatava ao cargo de presidente das mulheres socialistas, escusou-se a prestar qualquer declaração.