No discurso de encerramento pdo XVII congresso socialista, em Matosinhos, Sócrates avisou que não vai deixar cair esta questão, que já está transformada na principal linha de argumentação dos socialistas. «Vejo que os autores desta crise preferem que não se fale nisto. Querem à viva força que não se discuta o assunto. Era o que mais faltava!», afirmou, acrescentando que o caso «é demasiado grave»: «Não há fuga possível às responsabilidades políticas por esta crise».
Sócrates argumentou que, «na actual crise política, o que mais conta é a capacidade de liderança» – não a da «agenda mediática, mas a liderança no Estado e na sociedade».
Voltando a defender que é imperativo que das próximas eleições resulte um governo maioritário, o líder socialista deixou um apelo ao voto útil à esquerda. «Este não é o momento para dispersar votos em partidos que vivem apenas do protesto», sublinhou, referindo-se ao Bloco de Esquerda e PCP – «Nem no passado nem no presente estão disponíveis para construir seja o que for».