mussa kussa foi um dos homens fortes do regime de muammar kadhafi. até 30 de março, altura em que se juntou a um grupo de dissidentes constituídos por vários diplomatas e ao ex-ministro do interior abdul fattah younes. só que, ao contrário deste último, que se juntou aos rebeldes e de benghazi lidera os bandos de insurrectos, kussa aproveitou a oportunidade para fugir para londres. «velho e doente», como desvalorizou o filho do coronel saif al-islam, ou uma velha raposa que terá passado valiosa informação?
enquanto os britânicos esperam que as autoridades judiciais interroguem o antigo braço direito de kadhafi no que respeita ao atentado de lockerbie (terá sido o autor da explosão que em 1988 causou a morte a 270 pessoas e anos mais tarde colaborado com a cia na luta antiterrorista), os seus bens estão à disposição, após terem sido congelados; e viajou para o qatar para se encontrar com o conselho de transição, cujos membros recusam apertar-lhe a mão, uma vez que está «suja de sangue».
o antigo ministro não conseguirá limpar a imagem, por muito que apele para a unidade do seu país e se diga preocupado que a líbia se pode transformar numa «nova somália». já o governo britânico arrisca-se a ficar colado a uma deserção de alguém muito pouco recomendável.
