«esta é uma ideia antiga, mas só agora, por força do desemprego que começou a afligir o sector da banca, se tornou premente a sua implementação» justifica afonso diz, presidente do sindicato dos quadros técnicos bancários (snqtb), em entrevista ao sol.
no arranque, a entidade bancária vai empregar cerca de 100 pessoas – distribuídas pela sede e pelos balcões, em lisboa, porto e coimbra –, sobretudo ex-quadros do bpp e, eventualmente, do bpn, mesmo a nível da cúpula de gestão.
em termos de negócio, «o nosso modelo de inspiração é o montepio: uma associação mutualista, com uma caixa económica associada», explica o líder sindical, ressalvando que não quer competir com a banca de retalho comercial.
a ultimar agora o processo de lançamento da instituição – que ainda precisa das autorizações finais dos ministérios do trabalho e das finanças –, afonso diz que tem como meta começar logo também com uma gestora de saúde e outra de pensões, no âmbito da mútua.
«queremos arrancar com um cabaz de benefícios que torne aliciante a inscrição na mútua. desde logo com subsídios na área da saúde, das reformas, abono de família e desemprego. e pagar todas as pensões àquilo que se designam por rendas vitalícias», revela o responsável.
para o mentor do projecto, a «a mútua está condenada a ser um êxito», antecipando que, enquanto instituição particular de solidariedade social (ipss), pode vir a ter «uma adesão de dezenas de milhares de pessoas» e enquanto «caixa económica de centenas de milhares». para sustentar estas previsões, afonso diz salienta que «só na área da saúde, com a transformação do nosso fundo privativo de assistência em complemento de saúde, há 14 mil sócios». com cerca de 17 mil sócios, na área das reformas o snqtb tem perto de 600 associados, com os seus agregados familiares.