a acumulação de prejuízos com este medicamento já é conhecida desde 2008, altura em que o laboratório basi alertou as autoridades para o problema. em agosto desse ano, a empresa tentou que houvesse uma revisão extraordinária de preço (rep), tendo em vista aumentar o preço do medicamento. porém, as entidades competentes (ministérios da saúde e da economia) não deram luz verde a essa rep. «os laboratórios desde 2008 têm feito um grande esforço para manter a produção e o fornecimento do produto no mercado português, apesar de todas as condicionantes económicas e produtivas, o que é do conhecimento das autoridades portuguesas», explica a empresa em comunicado de imprensa.
«o laboratório basi foi recentemente obrigado a alterar o local de fabrico habitual do produto. esta alteração obrigou ao fecho de lotes de maior dimensão os quais originam um excesso do produto para a reduzida dimensão do mercado português», refere o comunicado. esta situação tem levado a empresa a «acumular prejuízos constantes em virtude do mercado consumir apenas uma pequena parte do produto fabricado, sendo todo o restante destruído, o que coloca em causa, a viabilidade do laboratório».
perante a ruptura de stock deste medicamento, o infarmed – autoridade nacional do medicamento e produtos de saúde aconselha os utentes a contactarem o médico ou farmacêutico para se encontrarem alternativas terapêuticas. «neste caso particular, existem outros medicamentos que podem ser usados ou, no caso de se considerar mais adequado o uso deste medicamento, recorrer à possibilidade de solicitar a importação do parkadina por parte das farmácias», refere o infarmed, em comunicado.
o sol tentou falar com a presidente da associação portuguesa do doente de parkinson, mas até ao momento não foi possível.
calcula-se que, em portugal, existam 20 mil doentes de parkinson.