A responsável considera que a flexibilização das regras das rescisões individuais – o despedimento por inadaptação torna-se mais fácil – vai dar condições para viabilizar as empresas em dificuldade «evitando assim o seu encerramento e mantendo os postos de trabalho possíveis».
A reestruturação e optimização das estruturas de recursos humanos vai ser facilitada e, embora possa continuar a destruição de postos de trabalho devido à recessão, Maria João Safara não crê que as medidas promovam despedimentos em si mesmo. «As alterações irão consciencializar os mercados para uma abordagem de contenção a todos os níveis e de equilíbrio entre a contenção ou esbanjamento de recursos e o investimento que promova continuidade», sublinha. Em suma, a flexibilização do mercado vai criar «velocidade, agilidade e capacidade» para o mercado de trabalho se tornar «mais competitivo e produtivo, sem esbanjamento».
Outras medidas incluídas no acordo são também motivo de agrado da responsável da Power RH. A possibilidade de haver mais acordos ao nível da empresa e das comissões de trabalhadores, em vez de sindicatos, é vista como «positiva», uma vez que passa a haver mais responsabilização resultante da «liberdade de decisão».