não será caso único, ou não estivesse o be na cova da piedade, em almada, um ‘bastião’ da
cdu – logo aos primeiros cumprimento louçã teve por resposta um «sou comunista». mas, com várias queixas de desemprego e de reformas baixas pelo caminho, a arruada com o líder bloquista e os
candidatos pelo distrito mariana aiveca e jorge costa deu amplo espaço ao discurso do be. a começar naquela que é a ideia-chave do
partido para as legislativas. «não vamos conseguir pagar [o empréstimo da troika], é preciso renegociar a dívida», repetiu,
defendendo que «é preciso fazer um 25 de abril» a 5 de junho.
ao som do hino bloquista para estas
eleições – «agora não é tarde, agora não é cedo, está na hora» – as respostas à comitiva foram desde o «eu exorto é à revolta» a um encolher de ombros: «o povo português é muito
passivo». as vítimas da crise são uma imensa maioria, capaz de decidir eleições, argumenta por seu lado louçã, no apelo ao voto.
como «cão e gato»… «salve a
expressão»
em campanha num distrito onde, nas
últimas eleições, elegeu dois deputados e ficou a poucas centenas
de votos do terceiro, o be voltou hoje a receber más notícias das
sondagens: o inquérito da intercampus para o público e tvi dá aos
bloquistas 5,6% das intenções de voto, perdendo 1,2% em relação à
última sondagem. louçã dá outro número para defender que nada
está decidido. «há 40% de indecisos. há tantas pessoas indecisas
que qualquer partido, neste momento, poderia ganhar» as eleições,
argumenta.
e se há dois que não merecem ganhar
são os socialistas e sociais-democratas, critica louçã. «pedro
passos coelho e josé sócrates podem pegar-se como cão e gato,
salve a expressão, mas não têm uma única ideia para o país»,
acusa o dirigente bloquista, defendendo que a discussão de hoje
entre os dois partidos, em torno de nomeações para a administração
pública que estarão a ser ocultadas pelo governo, «não passa de
insignificâncias de quem não tem nada para dizer».
susete.francisco@sol.pt