falando num comício com casa cheia, no auditório do instituto da juventude de faro, louçã escolheu uma proposta avançada pelo cds para exemplificar o que fica por dizer no discurso dos adversários. paulo portas defendeu a redução de impostos sobre as horas extraordinárias, louçã contrapôs com o programa da troika aceite pelo líder democrata-cristão. «está lá uma medida: vamos reduzir o pagamento das horas extraordinárias em 50%», criticou o coordenador do be, acusando o líder centrista de «dar com uma mão o que tira com a outra».
do cds ao psd, louçã afirmou que os sociais-democratas não têm «uma ideia» para o país, apostando por isso na evocação de uma «câmara dos horrores», com as comparações de sócrates a figuras como hitler, saddam hussein ou o drácula.
mas o primeiro-ministro também não ficou fora das críticas – o pretexto foi a redução da taxa social única (tsu). «josé sócrates disse em viseu que era poucochinho. no mesmo dia teixeira dos santos disse em nova iorque que cumpriremos com aquilo a que nos comprometemos, que é muito», sublinhou louçã, acrescentando que o fmi quer uma redução de «5000 milhões de euros». mas há o «outro lado da moeda» na redução da tsu, advertiu. e o outro lado pode bem ser «um dos maiores aumentos de impostos» de sempre.