não só o ministério da cultura se deve manter, como deve ter o orçamento reforçado. francisco louçã aproveitou hoje o pano de fundo dos jardins da fundação serralves, no porto, para contrariar a proposta do psd que acaba com a cultura como uma pasta autónoma.
«tem que ser um ministério independente», defendeu, sublinhando que a aposta deve ser a contrária: «eu quero é reforçar as verbas». em tempos de crise? louçã foi buscar o exemplo da inglaterra em tempos de conflito: «durante a guerra, o orçamento da cultura nunca diminuiu». este deve ser um sector de aposta, particularmente nos momentos difíceis – «a cultura é o que nos torna permanentes».
o dirigente falava numa visita a serralves, que este fim-de-semana mantém as portas abertas durante 40 horas consecutivas, uma festa que tem levado milhares de pessoas à fundação.
vários visitantes saíram ao caminho do líder bloquista, mas houve um que se destacou. uma criança de oito anos furou entre os jornalistas que rodeavam louçã, foi cumprimentá-lo , voltou para trás para ir buscar os primos, apresentou-os. «és alto. pareces mais baixo na televisão», disse ao dirigente do be, antes de perguntar: «conheces o joão miguel? é do bloco». louçã não estava a ver quem era, mas entretanto o pequeno nuno já demonstrava ter opinião sobre o que faz um político: «eles falam e depois vão jantar».