‘Louçã, vai um copo?’

As arruadas são um clássico das campanhas, mas o BE ensaiou hoje um modelo… inovador: a arruada nocturna. Já passava da meia-noite quando a comitiva do Bloco de Esquerda se reuniu em frente ao café Piolho, um bar emblemático do Porto, iniciando aí um percurso animado pela noite da Invicta. Francisco Louçã esteve acompanhado por…

logo aos primeiros passos, a visita teve direito a banda sonora : a internacional socialista cantada por um grupo de franceses. jogadores de râguebi, esclareceram os próprios, antes de agarrarem numa bandeira do be e cumprimentarem efusivamente francisco louçã – um deles pespegou dois beijinhos ao líder bloquista.

um pouco adiante, a conversa foi em português e com um deputado municipal do cds por barcelos. louçã puxou da argumentação contra os centristas, defendendo que o partido está «amarrado» ao acordo da troika. «não é bem assim», respondeu joão fonseca, antes de se despedir com um «desejo-lhe boa campanha, mas não boa sorte».

a meio da arruada, o convite veio de uma varanda: «louçã, vai um copo?». não foi. já na rua das galerias de paris, o coordenador do be apontou as queixas de desemprego que foi ouvindo «como uma boa razão para fazer campanha entre os jovens». e apontou um segundo motivo: «há muitos jovens que não querem ser eleitores fantasma. não querem ficar nesta indefinição que é o voto em branco e abstenção».

não será o caso do jovem que encontrou pouco depois, que parece ter o voto definido, mas com um pedido: «temos de melhorar as sondagens». para louçã, as sondagens é que têm de melhorar – «estão constantemente enganadas».

susete.francisco@sol.pt