logo aos primeiros passos, a visita teve direito a banda sonora : a internacional socialista cantada por um grupo de franceses. jogadores de râguebi, esclareceram os próprios, antes de agarrarem numa bandeira do be e cumprimentarem efusivamente francisco louçã – um deles pespegou dois beijinhos ao líder bloquista.
um pouco adiante, a conversa foi em português e com um deputado municipal do cds por barcelos. louçã puxou da argumentação contra os centristas, defendendo que o partido está «amarrado» ao acordo da troika. «não é bem assim», respondeu joão fonseca, antes de se despedir com um «desejo-lhe boa campanha, mas não boa sorte».
a meio da arruada, o convite veio de uma varanda: «louçã, vai um copo?». não foi. já na rua das galerias de paris, o coordenador do be apontou as queixas de desemprego que foi ouvindo «como uma boa razão para fazer campanha entre os jovens». e apontou um segundo motivo: «há muitos jovens que não querem ser eleitores fantasma. não querem ficar nesta indefinição que é o voto em branco e abstenção».
não será o caso do jovem que encontrou pouco depois, que parece ter o voto definido, mas com um pedido: «temos de melhorar as sondagens». para louçã, as sondagens é que têm de melhorar – «estão constantemente enganadas».