«Somos os segundo país da OCDE onde o fenómeno da fuga de cérebros é mais pronunciado», constata o docente, ele próprio um emigrante no Canadá.
De facto, as estimativas da OCDE indicam que cerca de 20% dos portugueses com curso universitário vivem fora do país, um resultado apenas superado pela Irlanda.
A fuga de ‘cérebros’ em Portugal é mais intensa do que na Grécia, na generalidade dos países da Europa de Leste, América Latina, Ásia, Brasil ou México. «Pior do que nós, só a África», sintetiza o economista, classificando esta situação como «preocupante», uma vez que o país apresenta «grandes carências de pessoal especializado nalgumas áreas fundamentais».
A emigração anda de braço dado com o desempenho económico, sendo patente uma «forte» correlação negativa: quando a economia nacional cresce menos, as saídas do país aumentam, e vice-versa. Álvaro Santos Pereira reconhece que o estancar das saídas de trabalhadores vai depender da evolução da economia.
«Se a economia crescer, vão-se criar mais oportunidades de emprego, diminuindo o incentivo para as pessoas emigrarem. Se a economia permanecer estagnada ou em crise, o fenómeno da emigração continuará a fazer-se sentir».
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