segundo o ine, o crescimento da população residente em cerca de 199.700 decorre de um saldo natural (diferença entre nascimentos e óbitos) positivo em cerca de 17.600 pessoas e de um saldo migratório (diferença entre imigração e emigração) também positivo de cerca de 182.100 pessoas.
os números mostram ainda que o número de famílias registou um crescimento de 11,6%, entre 2001 e 2011, existindo actualmente 4.079.577 famílias constituídas.
os números hoje revelados indicam também um «elevado» crescimento do número de alojamentos e dos edifícios. existem em portugal 5.879.845 alojamentos, uma subida de cerca de 16,3% face aos censos de 2001. o número de edifícios aumentou 12,4%, para 3.550.823.
os maiores crescimentos da população e das famílias, bem como dos alojamentos e edifícios, ocorreram nas regiões do algarve e autónoma da madeira. nestas regiões, realça o ine, o crescimento dos alojamentos atingiu níveis «muito elevados»: 36,9% e 36,0% respectivamente.
os cinco municípios com maior crescimento da população residente foram santa cruz na madeira (44,7%), mafra (41,2%), alcochete (35,0%), montijo (31,0%) e sesimbra (30,9%). os que registaram maiores decréscimos populacionais foram alcoutim (-23,2%), armamar (-21,9%), idanha-a-nova (-17,7%), mourão (-17,5%) e carrazeda de ansiães (-17,3%).
os municípios de lisboa e porto, capitais das áreas metropolitanas, continuam a perder população, à semelhança do que se verificou em 2001. a perda de população no porto (-9,7%) é muito mais acentuada do que em lisboa (-3,4%).
os valores dos crescimentos dos alojamentos são «bastante superiores» aos da população, refere o ine. os crescimentos mais significativos nos alojamentos ocorreram em municípios da madeira: porto santo e santa cruz registam aumentos de 85,5% e 67,5%, respectivamente. dois municípios do algarve apresentam crescimentos superiores a 50%: portimão (54,0%) e tavira (51,5%).
o ine procede à divulgação dos resultados preliminares dos censos 2011 cem dias após o momento censitário, que ocorreu a 21 de março de 2011. o organismo de estatística destaca a «grande adesão» ao e-censos (respostas por via electrónica) através do qual 50,5% da população respondeu aos inquéritos.