e, de acordo com o levantamento mais recente, existem 15.486 edifício arrendados ou propriedade da administração central do estado, sendo certo que ainda há edifícios por inventariar até ao final do próximo ano.
o programa de gestão do património imobiliário público foi aprovado em outubro de 2008 e entrou em plena actividade meses depois, após a criação de uma plataforma electrónica onde os vários organismos dos ministérios inscrevem o seu património imobiliário ou os direitos que detêm sobre a utilização de edifícios.
segundo a conta geral do estado, já aderiram à plataforma 442 organismos do estado, mais 83 do que em 2009. o número de adesões no final de 2010 representa 94% do universo de referência considerado necessário para inventariação, sendo que o programa decorre até final de 2012.
no relatório anterior, relativo ao terceiro trimestre de 2010, a direcção-geral do tesouro havia indicado a existência de 11.305 edifícios registados no sistema. na altura, os maiores atrasos na inventariação estavam nos ministérios da educação, das obras públicas, transportes e comunicações, e da justiça. o relatório então publicado dava conta que, do total dos imóveis no sistema, 1.108 (cerca de 10% do total) estavam tomados por arrendamento, representando uma factura anual de 167 milhões de euros.
outros 433 estavam desocupados, contudo, referia o relatório, a situação de disponibilidade «não corresponde necessariamente a uma efectiva desocupação que potencie a eventual venda do imóvel». a «degradação» de muitos prédios, como arquivos, armazéns ou garagens, era muitas vezes a causa da disponibilidade do edifício.
de acordo com a conta geral do estado de 2010, a venda de património é uma das formas de o estado conseguir obter receitas extraordinárias. em 2010, segundo o documento, o tesouro arrecadou 376 milhões de euros com a alienação de imóveis, uma subida de 25% face aos resultados obtidos no ano anterior.