Arctic Monkeys e Lykke Li foram os melhores no primeiro dia do SBSR

No primeiro dia do 17ª Super Bock Super Rock a expectativa para os cabeças de cartaz era grande e os Arctic Monkeys mais uma vez não desiludiram. No Palco EDP Lykke Li deu-lhes luta e fez com que muitos de atrasassem para o concerto dos ‘meninos’ do rock britânico.

enquanto os primeiros confirmavam porque são já uma referência, a sueca encheu o palco e, num dia de homens, mostrou que as mulheres também dão cartas.

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a fechar a primeira noite no palco principal, a banda de alex turner pôs o público aos saltos, aumentando consideravelmente as nuvens de pó que rolavam por cima das cabeças.

ainda o concerto mal tinha começado e já os ‘pesos pesados’ do primeiro dia atiravam ao público sedento de rock com ‘brianstorm’, single sensação do segundo álbum da banda. o desfile de canções e guitarradas frenéticas continuaria durante mais ou menos hora e meia, sem que ninguém arredasse pé. quem queria rock’n roll não saiu do meco desiludido, pelo menos por hoje.

tocaram todas as que os portugueses queriam ouvir, das mais velhinhas ‘i bet you look good on the dancefloor’, ‘fluorescent adolescent’ e ‘when the sun goes down’ ao mais recente single ‘the hellcat spangled shalalala’.

o ‘mosh’ e poeirada do concerto da banda de britânica contrastou com o ambiente do concerto anterior: beirut. zach condon apresentou-se em palco sorridente e pontual enquanto uma lua cheia brilhante subia no céu para delícia de todos os presentes.

o recinto que durante o concerto anterior (the kooks) tinha estado meio cheio, estava para lá de composto quando o americano entrou em palco.

a cacofonia melodiosa dos beirut agradou à multidão, mas só arrancou aplausos de entusiasmo nos solos de trombete e acordeão.

a mistura da música dos balcãs com elementos da pop ocidental e da cultura indie não terá decepcionado os fãs que, concentrados à frente do palco, reagiam assim que soavam os primeiros acordes de cada música. momentos altos foram os ‘clássicos’: a melodia ‘circense’ de elephant gun foi cantada em uníssono pelos portugueses e, mais tarde, a romântica ‘nantes’ faria as delícias dos casais, e não só.

enquanto beirut entretém quem espera por arctic monkeys, no palco edp (palco mais alternativo do festival) pouco passava da meia-noite quando lykke li entra em palco. velada de negro canta e dança enquanto as faixas escuras que descem da estrutura do palco ondulam com o vento.

não precisa de mais: uma música e o público era seu.

catarina.palma@sol.pt