embora o titular da pasta da educação tenha frisado a autonomia como qualidade a delinear a política escolar, foram enunciadas algumas directivas «para reforçar as cargas horárias» de leccionação de português e matemática, as disciplinas que mais sofreram nos resultados dos exames nacionais deste ano.
no ensino do 2.ª ciclo, nuno crato revelou que para o próximo ano lectivo terão que existir, no mínimo, três blocos de 90 minutos cada para as disciplinas de português e matemática.
para o 3.ª ciclo a carga horária passa de dois para dois blocos e meio de 90 minutos para as mesmas disciplinas.
as alterações promovidas pelo ministério da educação são, explicou, «medidas pontuais» e «reajustamentos temporários que necessitam de mais aprofundamento».
a par das medidas que serão implementadas, nuno crato revelou ainda que alguns moldes do programa do anterior governo foram mantidos, em concreto no que toca ao despacho da organização das escolas.
outra das preocupações vincadas pelo ministro centrou-se na quantidade de escolas com um reduzido número de alunos, pois, justificou, «não é bom para o país manter escolas desta dimensão com poucos alunos».
embora condene as instituições escolares com poucos alunos, nuno crato sublinhou que «[compreende] o apego emocional às escolas», salvaguardando, porém, que «primeiro está a educação».