na altura, mário soares era primeiro-ministro e ernâni lopes ministro das finanças e foi o acordo com o fmi (fundo monetário internacional) que obrigou o executivo a aplicar um imposto extraordinário e retroactivo sobre o 13.º mês.
na prática, cerca de um quatro do subsídio de natal ficou retido na fonte entre os meses de novembro e dezembro. «é verdade que cortei no subsídio de natal, mas acertei, assumi as minhas responsabilidades e consegui que portugal tivesse, à custa disso, dez anos de grande estabilidade», comentou já o antigo presidente da república, que não esconde publicamente o receio de que as novas medidas de austeridade aplicadas pelo governo de pedro passos coelho possam vir a desencadear situações de «desespero», que podem culminar em cenas de violência como as que têm sido vistas na grécia.
