Históricos do PS em campo neutro

Seriam nomes sonantes em qualquer lista de apoio, mas nem Assis nem Seguro conseguiram chamar para o seu lado os históricos do partido. Soares, Gama, Almeida Santos e Manuel Alegre mantém-se em terreno neutral para as eleições directas que, na próxima semana, vão ditar o sucessor de José Sócrates na liderança do PS.

se mário soares já tinha avisado que não tomaria posição, o ex-presidente da assembleia da república, jaime gama, vai pelo mesmo caminho. «está retirado da vida política», afirmou ao sol uma fonte gamista, adiantando que gama não tomará posição na disputa entre assis e seguro.

também o presidente do partido, almeida santos, não divulgará publicamente preferência por nenhum dos candidatos. uma neutralidade que, neste caso, deriva das funções – não é hábito que o presidente socialista tome partido nas eleições internas.

já o antigo deputado e candidato presidencial manuel alegre optou até agora pelo silêncio quanto ao nome que deve ocupar no futuro a liderança dos socialistas. a decisão sobre se esta neutralidade se manterá até ao final da campanha interna ainda não está tomada. «ainda não decidi», afirmou manuel alegre ao sol.

o histórico socialista – que se prepara para reactivar o seu movimento de intervenção e cidadania – garante que tudo está ainda em aberto: «tenho estado a reflectir sobre o que devo ou não fazer e em que termos.»

alegre mantém uma boa relação com qualquer um dos candidatos à liderança, embora a maior proximidade de antónio josé seguro à esquerda socialista possa fazer inclinar a balança.

entre os apoiantes mais próximos do ex-candidato presidencial, os nomes dividem-se entre as duas candidaturas.

susete.francisco@sol.pt