Com a morte – em circunstâncias não muito claras, num acidente de helicóptero – do carismático John Garang (o ‘Mandela do Sudão’) após ter selado o acordo de paz entre Norte e Sul em 2005, o militar Salva Kiir ascende à liderança do Movimento Popular de Libertação do Sudão.
A sua discrição e firmeza têm sido elogiadas – e há quem garanta que é o factor de unidade do novíssimo país. E se em 2009 lembrava que o referendo que aí vinha era «uma escolha entre ser um cidadão de segunda classe no próprio país ou uma pessoa livre num Estado independente», agora, após fazer o juramento enquanto chefe de Estado, prometeu tudo fazer para não repetir os erros do passado. «Pode ser zande, kakwa, lutugo, nuer, dinka ou shiluk, mas lembre-se que antes de tudo é um sul-sudanês. E vai haver acesso igual para todos». E anunciou a transparência como pilar da nova democracia. Aguardemos.
C.A.