o ps escolhe hoje e amanhã o sucessor de josé sócrates na liderança do partido, numa disputa em que antónio josé seguro é claramente favorito. se os militantes replicarem os apoios já expressos pelos dirigentes e estruturas, seguro será o novo secretário-geral socialista.
mas, com um ou outro candidato, há um ponto em que todas as opiniões convergem: o líder que sair destas directas tem tudo menos um caminho fácil. na condução da estratégia política num cenário em que os socialistas estão ‘amarrados’ às medidas da troika, mas não só.
nesta semana, vários militantes socialistas – entre os quais ‘pesos-pesados’ como vieira da silva e antónio vitorino – divulgaram uma «carta aberta ao futuro secretário-geral socialista», traçando o que deve ser o caminho do partido nos próximos anos. um contributo «para o debate interno», como refere o próprio documento, mas que está a ser visto no ps como uma «marcação de terreno» por parte dos herdeiros do socratismo.
ao que o sol apurou, o ‘núcleo fundador’ desta iniciativa é, não só o ex-ministro da economia vieira da silva (que se manteve neutral nestas eleições), mas também nomes que lhe são próximos, nomeadamente os ex-secretários de estado pedro marques e fernando medina – que ganharam grande protagonismo no ps de josé sócrates e que estavam agora no secretariado, na entourage do líder.