se nesse momento se mostrou qual egas moniz de corda ao pescoço, a tentar controlar os danos do rolo murdoch que teima em obliterar tudo o que se move, já na câmara dos comuns o líder conservador não foi tão assertivo. pedir desculpa? apenas se o seu ex-director de comunicação andy coulson for julgado e condenado.
mas além da inexplicável contratação de coulson, cameron tem outras e cabais explicações a prestar. a vaguíssima resposta de que todas as suas conversas são «apropriadas» não responde ao porquê de tantos encontros com rebekah brooks e outros quadros da news corporation – uma promiscuidade que se estendeu aos trabalhistas – numa altura em que a empresa do magnata australiano queria comprar a cadeia bskyb. e, ainda que cameron tenha a mesma fortuna de egas moniz e seja poupado, não sai nada bem na fotografia. nem o seu país, que vê esboroar o mito dos impecáveis britânicos.