mas este ano, depois de lançar o disco de estreia, o britânico percebeu que a música pode não ser definitiva. «o meu grande objectivo era fazer este disco. assim que o terminei senti-me diferente porque tinha concretizado o meu maior e único sonho», disse ao sol em junho, quando veio a lisboa para um showcase no tmn ao vivo, a propósito da apresentação do cartaz do sudoeste.
agora regressa a portugal para actuar na zambujeira do mar e traz consigo as canções do aplaudido mirrorwriting. sobre o disco, o músico diz ser, como qualquer estreia, o «resumo» de tudo o que já viveu. «mas também há mensagens para mim próprio, principalmente para me aceitar como sou artisticamente», explica.
jamie decidiu estudar música ainda na adolescência. a mãe nunca o pressionou, mas foi por causa dela que se inscreveu na brit school, depois de, aos 16 anos, assistir à gravação de um disco da progenitora, em nashville. «estive o tempo todo no estúdio e fiquei muito entusiasmado. nessa altura comecei a escrever as minhas próprias canções».
a produção, que fez sozinho no seu quarto, veio muito mais tarde, depois de terminar a faculdade. «tive propostas para gravar, mas só queriam um cantor. isso não me interessava porque sempre quis produzir o meu disco e cantar as minhas canções», assume.
mirrorwriting foi todo criado à guitarra, mas na hora de gravar e produzir woon quis explorar outras influências. «quando comecei a estudar, apareceram bandas como os radiohead e a música à base de samples abriu-me a mente para outras sonoridades». por isso, não é fácil para o britânico definir a sua própria música. «vejo-me mais como um cantor e escritor de canções pop, mas o r&b, a soul e a electrónica também fazem parte, definitivamente, da minha música».
