Com ele a diversão nocturna algarvia ganhou outra cor e a história do vendedor de sonhos cresceu à sua imagem. Quantos não se recordam do célebre ‘banheiro’ que fez uma das discotecas mais comerciais e divertidas de que há memória em Portugal? Quantos casamentos não se fizeram e desfizeram na Casa do Castelo? A este propósito, recordo-me de uma capa que fiz, então noutro jornal, em que na foto aparecia um rapaz bastante feliz por ter nascido e que estava eufórico a dançar. Acontece que a dita personagem estava na sua despedida de solteiro e a noiva, quando viu o jornal no sábado seguinte, quis anular o casamento. Apesar de já terem passado uns bons anos, lembro-me que recebi vários telefonemas do rapaz em pânico. Se a memória não me atraiçoa, chegou a pedir-me para explicar à noiva que a foto era enganadora. Penso que a história acabou por ter um final feliz e, eventualmente, até já terão filhos que andam na escola.
Mas a Casa do Castelo, que foi um meio fiasco no primeiro ano, acabou por ‘rebentar’ no segundo e não mais parou até o célebre Vítor Santos, vulgo Bibi, dar a brincadeira por encerrada e transformar a dita discoteca na sua residência de férias.
Luís Evaristo seguiu então para Portimão e, com a ajuda da câmara, conseguiu transformar uma terra morta para a animação nocturna na capital da noite algarvia. Com o fim dessa associação, Portimão no último ano passou ao lado da alegria de massas. Este ano não vi pessoalmente o que se está a passar mas, daquilo que vejo nas fotografias e do que me dizem pessoas insuspeita, é notório que nem uma operadora telefónica e uma televisão juntas conseguem fazer o que Evaristo fez: um sucesso tremendo que vendia alegria e sonhos juntando caras conhecidas dos ecrãs com o povo ávido de aceder a tal estatuto. No meio giravam os profissionais da noite, dando um colorido único a uma discoteca de praia. Pode ser que no próximo ano Luís Evaristo regresse em grande. Eu acredito.
