sérgio silva monteiro sublinhou que o importante é a «definição clara das regras de serviço público e não a detenção do capital», à margem de uma apresentação na estação de metro lisboeta baixa-chiado. a pt patrocina, desde hoje, a estação de metro mais movimentada da cidade.
quais as iniciativas que serão tomadas para se alcançar a sustentabilidade das empresas do sector?
iniciativas como esta são um óptimo exemplo, queremos atrair um conjunto de investidores variados, que não sejam apenas o estado, que até agora era o único a ser chamado. actores da sociedade: sejam empresas, sejam particulares, queremos mais iniciativas que são inovadoras para que novas receitas sejam geradas e que reduzam o esforço do estado, ou seja, dos contribuintes que sustentam este modelo operacional. é importante que seja o mercado e a sociedade a contribuírem para essa sustentabilidade.
a concessão de linhas do metro, por exemplo, é uma possibilidade?
nós faremos aquilo que do ponto de vista da racionalidade económica e financeira faça sentido e que seja exequível, desde que haja oferta no mercado. para nós o paradigma importante é a manutenção do serviço publico e não do capital que presta esse mesmo serviço. não há em teoria nenhuma razão para que um seja melhor do que o outro. o que releva é que o serviço público tem de ser mantido e que a mobilidade daqueles que com menores recursos financeiros seja garantida.
seja o serviço operado por privados ou por empresas públicas…
o que determina o esforço do estado é a qualidade e a definição clara das regras do serviço público, não é a detenção do capital que o presta.
o metro de lisboa registou prejuízos de 151,4 milhões de euros em 2010, mais 1,9% do que em 2009.
no total, transportou 183 milhões de passageiros em 2010.