com sala esgotada, anna calvi apresentou-se com a sua habitual indumentária vermelha e preta, inspirada no universo do flamenco, como a própria explicou em entrevista ao sol, a publicar esta sexta-feira, dia 16. com meia-hora de atraso (infelizmente uma tradição na discoteca lux), a cantora foi recebida com rasgados aplausos, perante uma plateia que, notoriamente, esperava uma noite de comunhão intensa, tal como anna calvi já tinha mostrado ser capaz no alive. e foi exactamente isso que aconteceu. num concerto em crescendo, bastou o talento da britânica para conquistar o público.
ao vivo, anna calvi transmite toda a força que se sente no disco homónimo, mas acrescenta o seu brilhantismo a tocar guitarra, uma companheira sua desde os 8 anos de idade. há ainda uma tensão na forma como canta que parece sempre prestes a explodir, mas que a cantora controla como ninguém. exemplo disso mesmo são temas como ‘first we kiss’, ‘i’ll be your man’ e o extraordinário ‘love won’t be leving’, com calvi a introduzir um solo de guitarra frenético, mas absolutamente perfeito.
a segurança que surge em palco só é quebrada quando anna calvi se dirigi ao público para perguntar se estão todos bem. a timidez que apresenta no dia-a-dia regressa e mostra a rapariga frágil que ninguém suspeita existir quando a vê cantar e tocar guitarra com tanta afirmação.
alexandra.ho@sol.pt