um metro e noventa de puro charme e 85 quilos de boa forma. num jeito bem brasileiro de alegrar as apresentações, podem medir-se assim os atributos que enquadram o árbitro diego pombo lópez na galeria dos ‘mais-mais’ do brasil.
assediado pela imprensa, cobiçado pelo mulherio e disputado por várias produções de moda, este baiano de 25 anos veio reforçar o jargão futebolístico, a partir de agora alargado à palavra ‘maria-apito’.
o conceito foi adaptado da há muito celebrizada expressão ‘maria-chuteira’ – aplicada às ‘caçadoras’ de jogadores de futebol – e ganha adeptas à medida das aparições de diego fora dos relvados. foi contudo dentro das quatro linhas que despontou para a fama.
eleito árbitro-revelação do campeonato baiano 2011, diego começou por convencer a crítica antes de arrancar suspiros nas bancadas. o segredo? «treinamento e pés no chão», revelou o próprio ao receber o prémio, festejado em maio entre declarações de devoção ao apito. «amo o que faço e tenho certeza de que este será o primeiro de vários troféus na minha carreira».
quatro meses depois destas palavras, a determinação de diego é ameaçada por uma ordem de suspensão, recém-emitida pela confederação brasileira de futebol (cfb). o castigo, que deverá terminar no final do mês, elevou o tom de uma discussão que se arrasta desde os primeiros minutos de fama de diego.
resumidamente: se para as fãs do baiano nenhuma entrevista ou sessão fotográfica parecem ser demais, para alguns pensadores do futebol a arbitragem e o estrelato são inconciliáveis.
não estranha por isso que a suspensão do árbitro tenha sido noticiada sob contornos polémicos – o árbitro terá pedido dispensa de um jogo de um escalão inferior por entender que o seu estatuto exige maior visibilidade.