após a suada vitória de do domingo, no parlamento regional, sem a maioria dos votos em urna (48,56%), jardim fez uma pausa e rumou a bruxelas, onde esteve até ontem, para participar em mais uma reunião do comité das regiões ultraperiféricas, como é seu hábito. o novo governo só deverá tomar posse em meados de novembro e ninguém fala em apressar a data face à situação financeira crítica do momento. jardim cumpre os timings formais e já tem a equipa de secretários regionais gizada desde antes das eleições, embora os que lhe são mais próximos façam questão de lembrar o seu carácter imprevisível, por vezes ilógico.
é seguro que reduzirá o número de secretários – de sete para cinco – e a saída do actual titular da pasta das finanças é dada como certa. ventura garcês poderá ser substituído pelo actual director regional dos assuntos fiscais, joão machado (que tem sido notícia pela ligação a um processo judicial que envolve o clube desportivo nacional, por fuga ao fisco).
os titulares das pastas das obras (equipamento social) e dos recursos humanos, santos costa e brazão de castro, respectivamente, podem passar à reforma e os pelouros transferidos para outras secretarias. assim, as obras poderão ser transferidas para manuel antónio, que se deverá manter na secretaria regional do ambiente e recursos naturais, transitando os recursos humanos para a vice-presidência, que continuará assegurada pelo eterno delfim de jardim, joão cunha e silva.
perspectiva-se ainda que jardim mude o titular da educação e cultura.
dinheiro a conta-gotas
a expectativa para conhecer as medidas de austeridade é grande. aos já anunciados aumentos do iva de 4% para 16% no gás e na electricidade, seguir-se-ão novos aumentos em bens de consumo. as verbas para a madeira serão transferidas a conta-gotas e com grande controlo da execução orçamental: a autonomia tão reivindicada pelo governo regional está em queda livre, devendo jardim ser obrigado a pedir autorização prévia para despesas a partir de certo montante.
além da redução dos funcionários públicos em pelo menos 2% por ano, é certa a redução nos cargos dirigentes em 15%.
outras medidas esperadas prendem-se com a extinção das falidas sociedades de desenvolvimento (criadas por cunha e silva), o corte no subsídio de insularidade, taxas moderadoras para a saúde e portagens nas vias rápidas. as parcerias serão totalmente revistas, submetidas a cortes drásticos, e os partidos com representação parlamentar terão direito a subvenções mais reduzidas.
sol
