Talvez me falte ainda algum conhecimento, mas sempre que opto por sair nessas noites não vejo nada de extraordinário e considero os sábados bem mais apelativos. Maputo, por exemplo, tem uma noite divertida e agitada.
Tendo optado por sair apenas uma das noites de fim-de-semana, e como tinha um amigo que se ia embora no sábado de manhã, lá fomos dar um giro na sexta-feira. E o que encontrei? Muitos homens e algumas mulheres que só lhes faltava um letreiro a dizer o preço. Como me adapto bem aos locais, diverti-me como quase sempre. O melhor sítio e que estava muito bem frequentado de mulheres foi o bar Kampfumo do português Nuno Quadros. Misturada de gente, empregados simpáticos e uma atmosfera q.b. de pecaminosa. Seguimos então para as discotecas e aí foi só rir. Entrámos no Coconuts e a casa estava para o vazio. Estranho… Sexta-feira e tão pouca gente? Alguém me disse que no dia anterior passou por lá o Gabriel o Pensador e a coisa foi forte.
Como já passava das três e a fome apertou, perguntámos onde é que se podia comer. «Ao fundo há um portão e é logo aí», disseram-nos. Chegados lá percebemos que estava fechado e que era preciso dar a volta. A volta implicava pagar novo consumo mínimo! Isto para entrar num anexo da discoteca. «É a zona lounge, é diferente», explicaram-nos.
Apesar de terem garantido que havia pregos e bifanas, a verdade é que já tinham esgotado e assim fomos embora. Enquanto ria com a situação, decidimos entrar na discoteca ao lado que dá pelo nome de Ice. Novo consumo obrigatório, sem direito a bebidas, para entrar noutra discoteca deserta. Como não gosto de entrar em nenhum lugar sem consumir uma bebida, lá ficámos um pouco no gelo de Maputo, uma cidade com imensa animação nocturna, mas que naquela noite estava tão gelada como o Kruger Park às sete da manhã.
P.S. A imprensa local dá conta que no Black Sensation deste fim-de-semana vem cá o Rui Vargas. Boa notícia
vitor.rainho@sol.pt